27.11.02

Música sacra nas igrejas tem a flautista Laura Ronai

Estava agora há pouco assistindo "Arte com Sergio Brito" na TVE para ver uma amiga que deveria aparecer no programa, mas ela não apareceu. E o programa encerrou com uma matéria sobre música nas igrejas, focalizando o interior e o exterior da centenária e belíssima igreja da Rua do Ouvidor 45 --Igreja dos Mercadores da Lapa. E sabe quem aparece no programa falando sobre o projeto "Música sacra nas igrejas do Rio", e depois toca lindamente sua flauta: Laura Rónai. Nossa! Fiquei emocionada de ver e ouvir esta artista maravilhosa. Completamente fera na flauta. E como é bonita, eu achei ela muito parecida com a fotografa Bia Ronai. Laura também é blogueira, edita o Mostly Music e é irmã de uma blogueira famosa: a nossa queridíssima Cora Rónai, do InternETC.

26.11.02

Os médicos estão preparados para combater a dengue?

No simples diagnostico da dengue, os médicos ainda confundem com outras doenças virais como foi nesse caso aqui com a caseira do ator Stenio Garcia. A mulher do ator, Marilene Saade protesta indignada:" Com esse atendimento médico, que dia D contra a dengue é esse"?




A dengue quase me matou


Em 1984, a jornalista Ana Lagoa foi internada com uma doença tropical dada como erradicada: a dengue hemorrágica. Ficou pele e osso. A pele descamou, envelheceu. O fígado nunca mais foi o mesmo. Leia seu relato publicado na revista eletronica No, em fevereiro deste ano.

Estávamos em 1984. Tudo começou com a dor nas costas, bem na região lombar, e uma sensação de cansaço. Eu estava trabalhando no Ibase, era dia de Corpus Cristie, mas o Betinho e Viviane, nossa secretária, resolveram ir lá para pôr umas papeladas em ordem e eu aproveitei para fazer o mesmo. No final da tarde, já sem poder me mover, fui levada para casa na certeza de que estava com pneumonia. Como não tinha recursos para ir a um médico particular, Betinho pediu que a médica que o acompanhava desse um pulo na minha casa. Susie era chefe da área de doenças infecto-contagiosas do Hospital Universitário e foi minha sorte. Ela não me deixou ficar em casa, pois teria que tirar sangue várias vezes por dia e seria muito caro. Mesmo sem saber exatamente do que se tratava, ela não hesitou em me internar. Nunca vou esquecer a minha entrada no Fundão, deixando meus pertences para trás, caminhando com dificuldade até a cadeira de rodas, o pano grosso do camisolão amarelo raspando minha pele que ardia.

Fui radiografada, tiraram sangue e me instalaram em uma das três camas da enfermaria dos infectados. Havia de tudo ali. Um rapaz surfista morreu de meningite. Uma senhora perdeu a perna por causa de uma infecção, uma menininha sobreviveu à difteria e eu tinha certeza de que não sairia mais dali.

Fui examinada por dezenas de médicos, alunos, residentes, catedráticos. Todos os dias pela manhã um grupo deles ocupava a enfermaria para aprender, com o meu caso, como se comportava um virus tropical desconhecido. Afinal, a dengue não existia mais. Estávamos em 1984 e o último aedes contaminado deveria ter morrido no governo do Pereira Passos. Mas o tamanho do meu baço, do fígado, as dores, os resultados dos exames de sangue, vômitos, febre alta, a perda de peso radical, a pele sem viço, tudo levava a crer que era uma doença tropical e ninguém sabia exatamente o que fazer com ela.

Fui medicada com dipirona – porque havia problemas de plaquetas. Eu tinha sede, mas não podia tomar água. E hoje entendo porque. Os médicos tentavam manter o tênue equilíbrio entre a hidratação e o derrame de líquido. No segundo dia as fezes ficaram negras, a urina parecia chá preto. As palmas das mãos ardiam e ficavam cada vez mais vermelhas. Era o edema palmar, que os estudantes adoravam examinar como uma raridade. Muito rapidamente, a pele toda foi ficando pintada com um sarampo, depois começou a formar manchas maiores e escuras. As famosas e apavorantes manchas vermelhas que indicam a evolução da doença.

Eu não sei a que intervalos, mas o carrinho de metal atravessava o corredor - a meu ver – a toda hora para tirar sangue e enviar para Manguinhos. Sob as axilas havia enormes gânglios. Os olhos se fecharam com uma espécie de conjuntivite, todas as mucosas descamaram e a pele desidratava rapidamente, perdendo a elasticidade para sempre.

Pior que isso tudo era ver a cara dos médicos, mais espantados do que eu com o que viam.
Pior ainda foi o preconceito. Estávamos debutando na era da AIDS e eu tive amigos que não me visitaram porque acharam que eu estava com o HIV. Detalhe: todos os meus amigos têm curso superior e atuam socialmente. Foi, é claro, um divisor de águas. Mas nem cheguei a ter raiva. Estava mais preocupada em sobreviver.

No sexto dia, já sem febre, com a pele descamando, imensamente fraca, bateu uma fome de matar. A papa de cenoura sem sal não dava conta e este foi o sinal que a médica esperava para me dar alta. Voltei para casa sem diagnóstico e só depois que a epidemia tomou conta da cidade os médicos concordaram que eu tivera dengue. Levei meses para recuperar as forças. No primeiro dia em que sai para a rua, achei que não chegaria até a esquina. Andava devagar e tinha que segurar nas grades dos edifícios. Não digeria o que comia. Ninguém sabia o que fazer com a sensação de tijolo que eu tinha no estômago. Por isso inventei uma sopa que já fez bem a muita gente. Eu tirava o sumo de um bom pedaço de carne, e nesse sumo cozinhava cereais integrais, legumes e verduras fortes. Cinco minutos de pressão e depois passava tudo no liqüidificador. Esse foi meu alimento por meses, mesmo depois de ter sido acompanhada por um gastroenterologista, que avaliou os estragos no fígado. Sendo uma doença semelhante em alguns pontos à hepatite (por isso sobem as taxas de bilirrubina e de transaminase no sangue), o rescaldo é o mesmo. Fiquei pele e osso, meu fígado nunca mais foi o mesmo e minha pele até hoje parece de alguém que tem 80 anos. A alimentação, para o resto da vida, tem que ser leve e sem gorduras.
O que aprendi:

- os hospitais públicos são os mais bem aparelhados porque eles têm setores especializados em doenças tropicais;
- lá estão os professores das universidades e eles têm mais experiência;
- o remédio básico foi dipirona e soro em doses controladas;
- o médico que vai identificar um paciente precisa examinar o fígado e o baço;
- se a pessoa tiver radiografias ou ultrasonografias desses órgãos, anteriores à doença, é bom levar para o médico comparar;
- pessoas fracas, mal alimentadas e estressadas têm mais chances de ficar doente e desenvolver a forma mais grave da doença;
- dias depois da minha dengue muitas pessoas caíram doentes, principalmente em Botafogo, onde havia um enorme depósito de pneus, na pedreira da rua Assunção.
- Toda dengue pode gerar o quadro hemorrágico;
- Eu estou imunizada apenas para aquele vírus daquele ano, se são quatro, tenho mais três roletas russas para jogar;
- Todo mosquito é suspeito.
- Só cloro mata a larva.
- Lugar de bromélia é no meio da Mata Atlântica.
- Eu me tornei uma fonte de dengue. Se um mosquito são me picar, passará o meu virus para outra pessoa.
- Não posso doar sangue.
- Tenho alterações nas hemácias, às vezes com macrocitose, outras com diminuição das células e ninguém sabe por que.
- Todos nós somos responsáveis, pois passamos por dezenas de focos ou potenciais focos e não ligamos para o serviço de limpeza. No máximo reclamamos do desleixo das autoridades sanitárias e esquecemos.
- A midia ajudou a criar o mito de que a dengue é uma febre de verão e que algumas delas eram hemorrágicas.
- Também existe o mito de que dengue é coisa de pobre.
- Os médicos muitas vezes deram entrevistas minimizando o problema.
- A cidade continuou acumulando criadouros de mosquitos.

Dezoito anos depois da minha dengue, perdi uma amiga com o mesmo mal. Com os mesmos sintomas. E ela morava na Zona Sul, numa belíssima área residencial. Tinha plano de saúde e foi atendida em hospital privado.
Mas ela não teve a sorte de encontrar um especialista como os que me examinaram no Fundão. Foi três vezes ao hospital, em um só dia, para morrer no início da noite. Os médicos - nas duas primeiras visitas, já com as manchas crescendo e as dores aumentando - a mandaram de volta para casa. Na terceira vez, ela teve a primeira parada cardíaca, ainda a caminho de outro hospital, e não sobreviveu à segunda.

O imenso despreparo dos médicos fica evidente no atestado de óbito - infarto. Não há a menor referência à dengue. A família foi informada de que a dengue mascarara o infarto e eles não perceberam que ela estava tendo um ataque de coração. Ora, é básico: se o sangue se liquefaz, há o choque sistêmico e o infarto. É só digitar um buscador qualquer da web e pedir – DENGUE. Está tudo lá. A causa mortis é dengue e não infarto.

Já pensaram em quantos atestados de óbito foram emitidos nos últimos dois meses dando como causa mortis esse tal de infarto, quando na verdade ele pode ter sido apenas o final da tragédia medieval que nos assola? Assumir que era dengue e que não a tratam com seriedade poria em risco a grande sabedoria da medicina anglo-saxã urbana industrial que cuida de nós. Quando na verdade somos semi-rurais, semi-agrários seres negros e morenos dos trópicos, à mercê de mazelas do subdesenvolvimento e doenças extintas para os povos do Hemisfério Norte.

No sábado, antes de me despedir da amiga, descobri que todos os funcionários do meu prédio tiveram ou têm a febre. E que, no meu bairro, Ipanema, dezenas de prédios abrigam bromélias, pneus (é só ver na esquina da Farme de Amoedo com Nascimento Silva), laguinhos e pratinhos, piscinas em coberturas nunca fiscalizadas, bueiros pluviais sem escoamento - os berçários do aedes.

A Comlurb foi avisada, fez o seu trabalho. Mas no dia seguinte outras latas, vasos e laguinhos voltam a estar lá, o que me faz temer por uma guerra perdida para a IGNORÂNCIA.
Na rua Barão da Torre há um síndico que já foi advertido, mas garante que não vai tirar as bromélias cercadas de nuvens de mosquitos. Ele argumenta: é tudo mentira. A medicina e a midia criaram o mito da febrinha de verão chamada dengue. Tem até o xiste – dengosa. A população não acredita que possa morrer ou ter seqüelas para sempre por causa de um mosquito.

No hospital, enquanto aguardávamos o atestado de óbito da minha amiga, vendedores de flores e adereços cercavam os parentes. No pátio que separa a portaria da sala de velório, plantas com pratos ao relento. No balcão da recepção, mais pratinhos com água.

No Crematório do Caju, depois de atravessarmos as alamedas – verdadeiros paraísos de mosquitos – outra cena medieval. Uma edificação sem refrigeração, escura, à beira de um charco, sem bebedouros ou janelas. Todas as flores do caixão murchas. Um fio de sangue escuro escapando da boca. Mosquitos por toda parte. No rosto das pessoas, dor, medo. Não pude deixar de pensar nas cenas de filmes sobre pestes medievais.

Mas as pessoas continuam sendo mandadas para casa, mesmo quando têm manchas vermelhas na pele e nem param em pé.

Não existe morte bonita. Toda morte é inevitável. Mas muitas podem ser adiadas. A morte causada pela dengue é uma das mais feias. Não deveria mais existir entre nós.
Temos que denunciar todos os prováveis focos do mosquito e abolir todos os costumes que possam gerar berçários para os aedes. E investir na educação e nos serviços urbanos básicos.

A Comlurb está fazendo um belo trabalho. Mas sozinha não vai dar conta.





25.11.02

Maracanã, concursos, containers do Rush, malucos, cambistas e tiros Sábado de manhã fui caminhar no Maracanã que estava mais agitado do que nunca. Tinha uma prova de um concurso para sargento da Aeronautica com entrada pelo portão principal na Radial Este. Milhares de jovens disputavam as vagas e curiosamente, pouquíssimos rapazes, a grande maioria era de meninas acompanhadas de mães, pais ou parentes. No Estadio do Maracanãzinho, acontecia o segundo dia de um congresso de Educação, movimentadíssimo também. Nos guichês, filas imensas para comprar ingressos para o Rush e para o futebol de domingo. Outras filas gigantescas (teve gente que amanheceu na fila) para a abertura dos portões às duas horas da tarde para o show do Rush, á noite. E cambistas para todos os lados faziam a festa. Estava lá também aquele famigerado que me vendeu o ingresso para o Hamlet do Peter Brook. E os tipos mais curiosos e interessantes representando as vários tribos que chegavam para assitir o show do Rush. Tinha uns malucos fantasiados de São Francisco de Assis, que vim a saber depois que não era fantasia. Eles pertenciam a uma seita de um padre franciscano. Nunca ouvi falar disso. Logo depois, uma turma de rapazes e moças, usando umas camisetas com uma estampa enorme de Nossa Senhora Aparecida. Pensei que fosse outra seita. Não era. Pelas filipetas distribuidas por eles, fiquei sabendo que era um espetáculo, "musical brasileiro de coração", em cartaz no Espaço Cultural São João da Cruz -- antigo cine Roma, na Tijuca. Outra completa novidade para mim. Os dois vendedores de camisetas e bonés do Rush eram assediadíssimos. Vendedor ambulante de tudo --de camisetas, pranchas e canetas a churrasquinho. E o transito em volta do Maraca completamente caótico com a chegada de oito containers trasnportando os cenários e a parafernalia do show do Rush (maiores dos que os containers russos -- até agora eram os maiores do mundo para mim, transportavam os cenarios de um espetáculo russo que eu vi num Festival de Teatro de Bonecos em Charleville Mézzières, no interior da França). É claro, que eu parei boquiaberta para admirar os containers. Sou fascinada por containers. E pelo horário da chegada, o descarregamento e a montagem, o show do Rush deve ter atrasado. Já tinha dado uma volta quasi completa no Maraca e estava passando perto da estátua do Belini, quando vejo uma pequena multidão que vinha correndo em minha direção, e á frente um cara parrudo segurado por vários PMs. Essa turma tava afim de linchar o cara seguro pelos PMS -- era um cambista que momentos antes tinha puxado o revolver e dado uns tiros para o alto ameaçando um rapaz que era um dos mais exaltados "esse fdp podia ter matado alguém". Curiosa, fiquei olhando a cena, mas tive que correr também porque de repente alguns PMs correram de arma em punho e pegaram outro rapaz que parecia estar armado. E a mesma multidão que queria linchar o cambista, volta correndo, nem sei porquê. Enfim uma baita de uma confusão, e eu ali. Tratei de sair da reta. Soube depois que a confusão era por causa da venda dos bilhetes para o jôgo. Apesar de anunciada pelos jornais a venda antecipada de ingressos para o jôgo ainda não tinha sido liberada, mas os ingressos estavam sendo vendidos pelos cambistas. E pensar que um dos principais motivos porque eu não fui ao show do Rush foi pelo medo das confusões que acontecem no Maraca nesses eventos.

24.11.02

Dessa, eu escapei...

Sexta-feira, às 11 hs da noite, parada num sinal próximo a Central do Brasil, estava na fila do canto que beirava o canteiro central da Av. Presidente Vargas, e aproveitava o sinal fechado para retirar da bolsa as minhas balas diet, quando batem com fôrça no vidro da janela do meu lado. Espantada, me virei para olhar e dei de cara com um garoto adolescente, devia ter uns 15 ou l6 anos, uma cara estranha, esmirradinha, e olhos muito arregalados, pedindo dinheiro naquele gesto de esfregar o polegar nos outros dedos, e nervoso olhava para todos os lados. Além do gesto ele falava bem alto para eu ouvir através do vidro fechado: dinheiro, dinheiro. Logo pensei, estará armado? Achei que não. Enquanto a mão direita fazia o sinal pedindo dinheiro, o braço esquerdo estava abaixado, e como eu só vislumbrava a sua figura da cintura para cima, não conseguia ver a sua mão esquerda, mas se estivesse portando alguma arma, ela estaria apontada para mim.

E sem premeditar, numa performance gestual completamente inusitada para o momento, com a latinha de balas ainda aberta nas mãos, fiz muito clara e calmamente o gesto de oferecer uma bala. E ele só repetia o gesto e a palavra: dinheiro, dinheiro, mas desta vez mais nervoso e alterado! Olhando pra ele, me virei lentamente, guardei a lata de balas na bolsa que estava aberta no banco ao lado, e fiquei remexendo dentro dela como se estivesse procurando a carteira do dinheiro. Tô assim nesse gesto dissimulado quando o sinal abriu, e eu num impulso toquei a marcha e arranquei rápido.

Com o carro em movimento, olhei para trás pelo espelho para ver a sua reação, e nesse momento, me veio o pensamento de que ele poderia ter uma arma escondida e iria atirar pelas minhas costas. A minha perna esquerda começou a tremer sem parar, e esse momento é quasi indescritível porque em menos de um segundo muita coisa passou pela minha cabeça num mixto de medo, horror panico. Estou nessa de pavor total, quando ví o garoto se afastando, passando por detrás do meu carro, atravessava correndo a Presidente Vargas no meio de carros e onibus em movimento. Passado o susto, comecei a chorar sem parar. A custo conseguí me controlar, e dirigir até chegar em casa.

16.11.02

Deslises de lesa-claridade, como diria o poeta Leminski, é o meu estado hoje. Ando tendo umas e outras que nem vou te contar. Mas isto passa, passa-passará. Ora, se passa.
Agora, pergunte a quem não compete cabimento, se está certo ou não está conforme. Tão tenascíssima resistencia tem parte com as essências.Isto é Leminski puro em Catatau.

15.11.02

Sincronicidade, Jung e B. Piropo

E o mais engraçado da história: enquanto o técnico mexia aqui no computer, eu aproveitei para arrumar os jornais e revistas empilhados aqui em baixo da mesa, (sim, embaixo da mesa para desespêro da faxineira que está proibida de encostar um dedo neles) selecionar e recortar os cadernos de informatica de O Globo. E nessa faina, encontrei numa reportagem do dia 14 de outubro, assinada pelo B.Piropo, em letrais garrafais BugBear ou Tanatos: este virus é de morte. Isto é a tal da sincronicidade que falava o Jung. Mostrei ao técnico que ficou todo satisfeito porque constava da matéria tudo o que ele havia dito desde o nome do virus. E eu também compartilhei dessa alegria, porque tive a comprovação que estava sendo atendida por um profissional competente. Valeu Mr. Ali, a indicação da Y2 Informática. Valeu, B. Piropo.
Bye, bye, BugBear

Só hoje conseguí resolver o problema do meu computador que estava com sérios problemas até que no domingo saiu do ar até hoje quando o técnico detectou o problema: um vírus chamado BugBear. O tal do vírus está se disseminando tão rapidamente que já mereceu a classificação de máxima periculosidade dos especialistas em segurança. O danado do vírus permite que o nosso computador seja contaminado pelo simples ato de exibir a mensagem no outlook.

10.11.02

Virus no meu computer?

Estou com serios problemas no computador. Pelos sintomas acho que pegou um virus. A acentuaçao nao ta pegando ha um tempao, desde quando começou a dar pau. Estou tentando resolver. Entre amanha e segunda ja deve estar resolvido este problema. Peço desculpas aos amigos que estao esperando resposta dos e-mails, mas eu nao posso responder enquanto nao resolver essa situaçao.

7.11.02

Update I Fernado Pedreira e Arnaldo Jabor tambem estao sendo processados pela Rosinha do Garotinho, e o que fiquei sabendo agora la no InternETC. A coisa ta feia !
Viva a liberdade de expressao

Esta rolando na internet um abaixo-assinado em solidariedade ao Artur Xexeo e o Mauro Rasi, colunistas de O Globo que estao sendo processados pela Dona Rosangela Matheus, vulgarmente conhecida como Rosinha Garotinho. Nem assumiu ainda e ja começa botando as manguinhas de fora com atitudes intimidatorias a imprensa. Entre os blogueiros, o movimento começou no blog da Cora, e so hoje (quarta) ja tinha coletado mais de cem assinaturas nos comentarios, e continua crescendo em outros blogs. Aproveita a vinda ate aqui e chega la para assinar tambem.
Nunca percam o agora

Jorge Luis Borges, o maior escritor argentino, falecido em 1985, aos 86 anos, passa uma lição de vida, dando o seu recado em versos.
Quase ao fim da vida, o escritor ditou para a esposa-secretária um texto comovente. Uma espécie de reflexão de quem espera a morte com a consciência de um poeta que sabe que a vida, principalmente, se resume em pequenas coisas. Como o simples ato de andar descalço, contemplar a alvorada e brincar com as crianças.

................. "Se pudesse viver de novo minha vida,
na próxima trataria de cometer erros.
Não tentaria ser tão perfeito, viveria mais frouxo.
Seria mais bobo do que fui;
de fato, levaria a sério só umas poucas coisas.
Seria menos higiênico.
Correria mais riscos, faria mais viagens,
contemplaria mais crepúsculos, escalaria
mais montanhas, nadaria em muitos rios.
Iria a mais lugares desconhecidos,
comeria mais sorvetes e menos vagens,
teria mais problemas reais e menos imaginários.
Fui uma pessoa dessas que viveu
sensata e pacificamente cada minuto
de sua vida; e é claro que tive momentos de alegria.
Mas, se pudesse voltar atrás, trataria de ter somente
bons momentos.
Pois, caso não saibam, disto é feita a vida, só
de momentos. Nunca percam o agora.
Eu era um desses que nunca vão a lugar algum sem um
termômetro, uma bolsa de água quente, um guarda-chuva
e um pára-quedas; se pudesse voltar a viver, viajaria
com menos peso.
Se pudesse voltar a viver, andaria descalço
desde o começo da primavera até o fim do outono.
Andaria de carrocinha, contemplaria mais
alvoradas e brincaria com as crianças, se tivesse
a vida pela frente.
Mas vejam, tenho 85 anos e sei que
estou morrendo."
.....................................Jorge Luis Borges



5.11.02

Oba

Hoje (segunda-feira) quando eu fui visitar o blog da Cora, o InternETC, uma surpresa muito especial me aguardava: um post dedicado pelo Mosca -- o mais ilustre membro da Familia Gato, para a minha pessoa. Bom ate ai um post quase normal nao fosse um link para um site que eu cliquei la e apareceu uma caixinha se movendo em circulo, e quando acaba esse movimento, sai de dentro da caixa, a carinha do Mosca se movimentando, parecendo que vai falar, olhando e piscando pra mim. Totalmente demais.

3.11.02

Hoje, dia de altas emoçoes no Teatro Carlos Gomes. A Mestra Angel Vianna se apresenta em duo com a ex-aluna e professora da Escola, a Maria Alice Poppe, e com coreografia de outro ex-aluno, o coreografo e bailarino Alexandre Franco, meu ex-professor la na Faculdade e Escola Angel Vianna. Preciso dizer que eu vou? Detalhes de todos os eventos do Panorama de Dança aqui no Teatro ETC & Tal.

2.11.02

"LULA NO CORAÇAO DO BRASIL" , leitura obrigatoria em O Globo de hoje. Um relato comovente e contundente de um fato acontecido em Garanhuns, e testemunhado pelo jornalista Zuenir Ventura, quando ele fazia a cobertura jornalistica da primeira Caravana da Cidadania. A nossa demorou 24 dias e passou por 54 lugares e lugarejos. Ao todo foram 7 caravanas em 267 cidades do interior (mais tarde, de 1994 a 2001, houve outras dez expediçoes a 120 cidades). "Ouvindo mais do que falando Lula travou um inedito corpo a corpo com um Brasil miseravel e esquecido. Essa Viagem ao coraçao do Brasil como foi chamada talvez explique o anuncio de que a guerra contra a miseria vai ser a prioridade de seu governo."Valeu MESTRE ZU.