30.12.01

CASSIA ELLER
(10/12/63 - 29/12/01)

Acabei de ler no blog da Meg, a Sub Rosa, esta triste notícia. Descansa em Paz, Garotinha !
Christmas, bad logins, crakers and blogs & blogueiros

Este final de ano entrou para a história da comunidade blogueira. Primeiro, foi o sumiço dos templates. Quando eles apareceram, foi a vez das senhas. Não podiamos entrar nos nossos blogs porque as senhas não eram aceitas. Era o tal "Bad login" que marcou a vida dos blogueiros, em pleno Dia de Natal. Um presente inesquecível.

Neste "Jour de Noel", depois de todos os excessos cometidos na véspera, e tendo dormido o dia inteiro, quando acordei, uma surprêsa nada agradável: a senha do meu blog não entrava, e aparecia o aviso de "Bad login". Fui até a vizinhança para verificar o que estava acontecendo, e tudo parecia normal. Quando cheguei na Super Cora, não acreditei no que estava vendo. Aquele gato amarelo com aquela fantasia, não podia ser o Mosca. Claro, era uma foto enviada pelo Maurício. Quem seria o tal Maurício? Estranhei a falta do link. Fiquei com pena do pobre gatinho amarelo com a expressão assustada no olhar, todo tenso, e com as orelhas apertadas naquela touca cafona, contrastando com a expressão corporal do Mosca -- lindo, livre e solto, com o ôlho vivíssimo, atento no lance que vai aprontar ali na Árvore de Natal, á sua disposição. Ainda bem que existe a Família Gato, e pessoas que amam os animais.

Altas horas da noite, e ainda sem as chaves da casa, decidi forçar uma entrada, clicando no " forgot your password " para ver o que acontecia. Eu sou defasada mesmo. A estratégia funcionou, e eu conseguí entrar por uma janela que se abriu com um formulário para preencher. Mal acabei essa tarefa, a vozinha ridicula do Aol avisava que tinha chegado e-mail. Corrí para lá, e acabava de chegar a resposta com a nova senha. Numero um. Password: 1. Estranho. Abrí novamente a janela, e preenchí o formulario, e desta vez, para dizer que tinha esquecido o meu nome. Rapidinho, outra resposta com o meu nome completo.

Estranhices á parte, o importante é funcionar, pensei clicando os botões, e digitando a minha nova senha, consegui enfim entrar em casa, e postar os dois textos abaixo. Antes de ir dormir, uma rápida visita aos vizinhos mais queridos. Tudo tranquilo, aparentemente, mas na Cora, quando eu deparei com aquele gato preto, trevoso, e aquele texto, não entendi muito bem o espirito da coisa, mas achei até engraçado. Tentei outra vez deixar um comentário lá, mas o FalaSério me rejeitou.

Blogueiros á beira de um ataque de nervos

Só fui saber da real extensão das estranhezas todas, no dia seguinte, quarta-feira, dia 26. Desta vez , o Blogger não abria, mas uma janela de aviso pedia desculpas pelo transtorno, e que trocassemos as senhas, fechando com o seguinte texto: "crakers have not respect for vacation time, it seems". Caramba! E agora? Trocar as senhas de que jeito, se a gente não podia entrar no blog. E eu nem sabia como trocar. Corri para a lista de discussão dos blogueiros para alguma orientação, e lá estava rolando o ti-ti-ti da maior confusão da historia dos blogs. Então, eu fiquei sabendo que a senha com o número 1 foi distribuida para todos os blogueiros, e a partir daí não precisa muita imaginação para calcular os estragos.

Um dos primeiros e-mails, dos muito mais de cem sobre o assunto, era o da Marina, anexando a cópia de um e-mail recebido da Cora-a verdadeira, relatando que o seu blog tinha sido invadido, e que aqueles dois posts, do dia 25 e 26, não eram dela. E ainda a Marina, informava que tinha acordado com um e-mail da Jackie Miller --colunista social dos blogs, "roubaram a senha dela e alguém está escrevendo no seu lugar ". Esta foi a deixa para os blogueiros mais irreverentes fazerem toda a sorte de piadas sobre a misteriosa colunista que ninguém sabe se é homem ou mulher. E a delicada, elegante e culta Flavia Cintra, chocada com as piadas, "poderia ter acontecido com qualquer um de nós".

A Waleska chorava porque tinha perdido o blog, contando que entrou com a senha 1 e a sua senha antiga, e nada disso deu certo. A Faerie fazia um enfático apêlo, "cuidado, isto é sério", para os blogueiros consertarem rápidamente as suas senhas. O Marcio Borges, irado, tinha flagrado alguém tentando roubar até a senha do ICQ, mas ele foi mais rápido, e conseguiu impedir o estrago. O Fred Leal tinha ficado durante seis horas, configurando o Grey Matter, e recomendava entusiasmado para uma Waleska impactada, e não entendendo nada. O impecável Denis -- o querido padrinho do meu blog, alertava sobre a importância de ter PHP e mais outros dois componentes para instalar o tal do Grey Matter. O atento moderador da lista, o Wilson Reis, poeta e matemágico -- estudante de matemática e mágico -- explicava como mudar as senhas lá dentro do blog, depois que o Hugo Sevres se enganou, ensinando errado para uma alucinada Adriana, mandando vários e-mails com " beijocas desesperadas".

A Luzinha Franzoi, de Caxias do Sul, perguntava se teria alguma relação com esses acontecimentos, o enguiço do " Comente" do FalaSério que acabara de instalar. E reclamava do presente do seu amigo oculto que ainda não chegara, enquanto a Na (sua filha adolescente, também blogueira) já tinha recebido o dela, e que ela (a Mãe blogueira) " estava cansada de tanto esperar o carteiro no portão " -- ela mora em uma casa com quintal e tudo. Nessa babel toda, interferências as mais absurdas da autoria da dupla Fabio, o gracioso Carbone e o marrento Rodrigo Araújo -- aquele blogueiro processado pelas autoridades do Canadá e persona non grata por aquelas bandas, depois que falou mal das batatas canadenses. E para completar as estranhezas, um dos moderadores da lista, o Edney Soares que acabou de noivar com a Clau, sempre tão presente em todas as discussões, esteve ausente nesse dia.

Pelo que estava rolando na discussão, os blogueiros que tinham o tal do Blogbuddy -- editor dos textos do blog, estavam se dando bem, e conseguindo entrar e trocar as senhas. E quem não tinha, como eu, estava numa de horror total. É inenarrável o alívio que eu senti, quando finalmente o Blogger voltou ao normal, lá pelas tantas da madrugada. Então, eu conseguí trocar as senhas e o meu bloguinho voltou. Mas não foi tão simples assim, porque uma outra surprêsa estava reservada para o final, quando eu constatei que o "Blogueiros" --weblog coletivo -- não estava mais na minha lista. Tinha sumido. Eu não podia postar no Blogueiros.

Depois dessa, acho que foi muito bom esse "preview" do desaparecimento dos blogs. Se eles forem deletados, se sumirem de vez, eu já estou conformada. Eu posso estar postando agora toda feliz, e o meu blog pode sumir como num passe de mágica. Daqui a pouco, amanhã, ou depois, quem sabe, o meu blog pode ir para o espaço. Hoje, eu comprei uns disquetes, e vou encontrar um tempo para fazer um backup do Artimanhas e do Teatro ETC & Tal.

25.12.01

Um presente aos leitores da "Folha de São Paulo", hoje, o artigo do ROBERTO MANGABEIRA UNGER, transcrito em parte aqui. Sou admiradora dele, desde uma entrevista ao Roberto dÁvila, na TVE, no dia 9 de agosto de 1998, data assinalada no meu diario pessoal, onde eu anotei alguns pensamentos pinçados dessa entrevista.

Natal

O cristianismo não é, como supôs Nietzsche, a religião dos ressentidos. Mais
razão teve Unamuno ao defini-lo como a religião dos derrotados. Vitoriosos,
compreendeu ele, são os que se adaptam ao mundo, aceitando como horizonte a
circunstância que encontram.

Derrotados, de início, são aqueles que exigem
que o mundo se adapte a eles. Desses derrotados, derrotados porque
inconformados, depende o avanço da humanidade. (...)Se há sinal de que a vida não é o que parece ser é a carreira do cristianismo. Não há mensagem que contradiga mais o bom senso mundano do que
a mensagem cristã. Ela surge de acontecimentos enigmáticos e paradoxais. (...)

Um jovem judeu de periferia começa a ensinar um caminho de salvação.
Intransigente e mal cercado, preocupa as autoridades políticas e religiosas,
que se acertam para matá-lo. As expectativas que acalentou se frustram. Seus
seguidores o renegam. Depois, sua existência e suas palavras são entendidas
como prenúncios de vida maior para todos. Acabam virando diretriz de uma
civilização que inventa mil maneiras de descaracterizá-las para poder
domá-las. (...)

Temos de construir idéias e instituições mais compatíveis com a condição do espírito.
A reafirmação da transcendência convive no cristianismo, entretanto, com a
idéia que está associada ao Natal. O espírito se encarnou no mundo porque o
espírito é amor. Embora transcendentes sobre o mundo, somos carentes das
outras pessoas.

O mundo, porém, não está preparado para a primazia do amor porque no mundo
cada um de nós está crucificado, em separado, na cruz das limitações que
nosso destino social e genético nos impôs. Temos, por isso, de mudar o
mundo, começando por transformar nossa relação com ele. (...) . Desproteger-nos para poder imaginar o possível e aceitar os outros é a essência da sabedoria e o rumo da divinização. (...)

Melhor faríamos se rejeitássemos essa falsa religião, camada da múmia que
nos sufoca, e passássemos, apóstatas intranquilos, a ver o ensinamento de
Cristo como a doutrina desestabilizadora que ela é. (...) A hora da nossa apostasia seria o momento da nossa
conversão. Isso sim seria Natal.

(Roberto Mangabeira Unger, para a "Folha de São Paulo", de 25/12/01)

Em tempo: A p o s t a s i a, para quem não sabe (se eu soube algum dia, já tinha esquecido), é a ação de apostatar; mudança de religião e particularmente o ato de abandonar a fé cristã, segundo o dicionário.

Paulo Leminski e JESUS a.C.

O livro do Leminski "VIDA" (Editora Sulina), com as biografias de Cruz e Souza, Bashô, Jesus e Trótski, é daqueles que eu preciso ter ao alcande da mão -- literalmente. Ele está sempre aqui em cima da mesa do escritório.
Vale a pena trancrever aquí na íntegra, o prólogo do livro sobre a vida de Jesus, chamado de "Carta de Intenções". As intenções todas foram conseguidas com o maior brilho de quem traduziu os textos evangélicos diretamente do original grego, além de outros textos em latim, francês e inglês, não fosse a competencia literária aliada à militância zen-marxista do poeta Leminski.

CARTA DE INTENÇÕES
Este livro é dirigido por vários propósitos.

Entre os principais, primeiro, apresentar uma semelhança o mais humana possivel desse Jesus, em torno de quem tantas lendas se acumularam, floresta de mitos que impede de ver a árvore.

Outra, a de ler o signo-Jesus como o de um subversor da ordem vigente, negador do elenco dos valores da sua época e proponente de uma utopia.

Outra ainda, seria a intenção de revelar o poeta que Jesus, profeta, era, através de uma leitura lírica de tantas passagens que uma tradição duas vezes milenar transformou em platitudes e lugares-comuns.






23.12.01

A verdadeira

Esta é a Casa dos Artistas. Um site bem bolado, sensível da web-designer Alexandra Poppe. E o atual presidente da Casa dos Artistas, o ator Stepan Necerssian mandando um bolaço! Parabens.
Os anticristos

O Millôr mandou beleza hoje no JotaBrasil, detonando todas numa sacação genial. Vale conferir.

22.12.01

Assine o livro de visitas. Yes, nós temos guest book!
E esta postagem aqui é para disfarçar o meu pânico, porque depois que instalei o guest book, os templates sumiram... quem bloga sabe o que isto significa ... adrenalina pura .... voilà...
Pocharde, moi?

Pas vrai ça! Cachaceira, eu ? Olha aqui ô ENERGUMENO, não me venhas de borzegans ao leito. E cachaceira é a progenitora da sua tatatataravó ...

21.12.01

Luxo & lixo

De manhã cedinho, no trajeto para o trabalho, assisto diariamente, a mesma cena: as pessoas menos favorecidas, digamos assim, remexendo e catando coisas no lixo. No lixo dos carrinhos apropriados aos sacos de lixo de plástico grandes e pretos dos prédios, até aqueles saquinhos plasticos empilhados que esparramam lixo para todo lado, em frente de algumas casas, aqui da Vila Isabel.

Um dia desses, vi uma jovem senhora bem aparentada, levando os dois filhos pequenos para o colégio pago (vi pelo uniforme), dar uma rápida mexida num sacão de lixo preto, e pegar um objeto que não deu direito para ver o que era, porque eu estava na calçada oposta. A cara de satisfação e a expressão corporal não deixavam dúvidas que algo importante para ela, havia sido encontrado naquele lixo.

Hoje, foi a minha vez. Colocados lado a lado, em cima de um daqueles sacões pretos, dois lindos bastões de papelão pardo, bem resistentes e novinhos, com mais ou menos uns dois cms. de largura, e com pouco mais de um metro de altura. Era um presente para mim. Peguei e levei para a FUNLAR, as duas preciosidades, que já estão guardadas no meu armário, depois de um banho rápido de alcool.

Há muito tempo, eu venho pesquisando um bastão que não seja de madeira, plastico ou bambu para determinados exercícios no trabalho de expressão corporal com as crianças e adolescentes portadores de deficiência. A prática sinalizou para mim, que tais materiais não são aconselháveis. Basta um movimento mal coordenado, ou uma empolgação maior, e a integridade física da professora e dos alunos, corre sérios perigos.

Luxo é lixo sem preconceito

Aqui, nós temos preconceito com as coisas encontradas no lixo. É uma questão cultural. Na Europa e nos EE.UU é a coisa mais natural e normal catar coisas do lixo. Para espantar um pouco, o meu preconceito, eu testemunhei esse fato, em várias ocasiões. A primeira, quando visittando um amigo em Nova York, fiquei maravilhada com o requinte da decoração do seu apartamento, só com coisas catadas no lixo -- de cadeiras, quadros, espelhos, armários a aparelhos de tv, som e o escambau. Um casal de brasileiros, amigos meus (atores) que moram em Barcelona, a casa deles foi toda mobiliada (eu disse toda mobiliada) e decorada com coisas catadas no lixo. Em Paris, ví coisas lindas na casa de amigos e conhecidos, também encontradas no lixo.

Seu Jorge

Já postei aqui sobre aquela campanha institucional e as moedinhas que vão para o lixo, jogadas fóra ou esquecidas na gaveta. Há duas semanas ou mais, ví uma entrevista da Marilia Gabriela com o Seu Jorge, ex integrante do Farofa Carioca, agora em carreira solo. Sou fã desse negão. Ele fugiu da casa dos pais, morou muitos anos na rua, ralou e rolou por aí até chegar a ser o Seu Jorge.

Perguntado sobre a sobrevivencia difícil nas ruas, se ele já tinha roubado, coisa e tal, e de pronto, ele respondeu que nem precisava. E sabem porquê? Saia catando moedinhas nas calçadas, e se dava bem. E declarou ainda que nem precisava andar muito. Muitas vezes em dois ou três quarteirões, juntava tantas moedinhas que a "féria do dia" estava garantida. Meus respeitos, Seu Jorge!



Passando longe da balança

Hoje foi a última aula do ano da turma de alunos do curso livre de expressão corporal da Mestra Angel Vianna, com festinha e troca de presentes. Como eu não fui à aula na terça, e sou desligada mesmo, esquecí completamente da festa que vem acontecendo todo o final de ano nessa turma. Na hora de sortear os nomes, a Angel resolveu a parada para mim, sugerindo com o seu jeitinho todo especial: "Ah, ela fica devendo o presente ".

Quem tirou o meu nome, foi o único varão presente. Nesta turma só tem dois benditos frutos, e tratados a " pão de ló " pela mulherada. Imaginem o presente que o lindo levou? Uma caixa de bonbons finíssimos da Kopenhagen, daqueles que dá vontade de comer até a caixa. Tinha que ser para mim este mimo. Sou chocolatra assumida.

E se não bastasse os excessos da semana passada, hoje comí de empadinhas de queijo a rabanada. As meninas, algumas, resistiram e ficaram só na prova da rabanada. Eu perdí a conta de quantas eu comí. E depois dessa, já estou repetindo o meu mantra preferido para esta época do ano -- fechar a boca é preciso ... fechar a boca é preciso... fechar a boca é preciso ...

20.12.01

Roda de chorinho

Ontem, o Blogger estava com problemas, não conseguí postar, e nessa confusão toda, o computer deu pau, e acabei perdendo os textos daqui do Artimanhas e do suplemento de artes cênicas. Entre os posts, tinha um longo texto sobre a reunião na FUNLAR e a aula de música. Pois é, né. Quem mandou inventar mais essa maluquice. Blog é coisa de maluco.

Hoje não estou com a mesma disposição, mas não posso deixar de dizer que eu conseguí tocar no ultimo dia de aula de música, que acabou virando uma roda de chorinho. Os alunos do Jorge (lá do Fundão) são feras. Fabiana nossa colega que estuda violão, foi a revelação como cantora. Eu toquei "Asa Branca" com o Mestre. Na segunda parte, eu me enrolei, mas conseguí chegar ao final, sem maiores vexames. Valeu, Mestre!

17.12.01

Jour férié pour moi
Hoje eu não vou trabalhar e nem estudar. As aulas de danças sagradas terminaram, e em compensação, amanhã o expediente é de oito até às cinco da tarde -- renião de avaliação no Auditorio da FUNLAR de Vila Isabel, durante o "I Encontro do Programa de Desenvolvimento Infanto-Juvenil Inclusivo" (inclusivo para quem não sabe é o trabalho desenvolvido com portadores de deficência). O programa bonitinho, bem impresso, fala da presença da direção da FUNLAR. O tema de discussão á tarde me interessa de perto Postura profissional no espaço de trabalho e junto aos usuários e suas famílias, em virtude do que já postei sobre um aluno autista.

Presença nas costas
Mesmo quando não preciso acordar cedo, o meu relogio biologico apíta, e não me deixa mais dormir. Aproveitei, e fui andar no Maraca. Depois dos excessos todos durante a semana passada, tenho muita caloria para queimar.
Eu nunca tinha visto ninguém andando de costas no Maraca, além de mim. Hoje eu vi uma senhora andando de costas, e fui conferir o lance. Era o aconselhamento de uma fisioterapeuta para a musculatura das panturrilhas. Perguntei se ela saberia dizer um outro benefício, além desse, e ela não sabia porque a fisioterapeuta só falou nas panturrilhas. Ah, esses fisioterapeutas... precisam ver o corpo de uma forma mais holística...

Deitei e rolei, falando sobre os benefícios todos, desde o mais importante que é o trabalho de toda a musculatura posterior, que coitada nunca é lembrada, à consciência da presença nas costas. Dei como exemplo, o ator canastrão que quando dá as costas para o público, sai do personagem. Falei no uso corporal dos gatos, aliás quem quiser ver uma expressão corporal perfeita com presença nas costas, veja o MOSCA aqui, clicando na FAMILIA GATO, e vai entender melhor do que eu estou falando.

Depois do discurso todo, ainda dei umas dicas dos melhores lugares do Maraca para este tipo de exercício, e ela aparentou ter gostado do que ouviu, mas ao se despedir ela deu uma olhada meio estranha . O que estaria passando pela sua cabeça? Voilà.
Parfois le dimanche
Aqui, nunca falta água. Hoje faltou, só voltando às quatro da tarde. A água mineral tinha acabado, e só tinha um quarto de jarra com água gelada na geladeira, e com a sede que eu estava...
Depois de blogar, fui almoçar, e depois do almoço às seis da tarde, um cochilo, e depois sair às oito para forrozear com o CORDÃO DO BOI TATÁ, lá na Rua do Lavradio n.20 - um novo espaço cultural aqui do Rio.

E o cochilo se estendeu até quasi nove horas da noite, quando acordei com um telefonema da minha irmã Reneidi, de Porto Alegre. Chovia pacaramba, entrei numas e acabei ficando em casa. Pô, esta foi braba. Além de forrozear, iria encontrar o pessoal do meu grupo de estudos. Marquei. Depois dessa, já abri trocentas vezes a geladeira, comi dois cachos de uva, comi todos os pedacinhos do pé de moleque mineiro que eu trouxe da festa, ontem. Comi uma laranja, tomei não sei quantos cafézinhos e tomei o ultimo yakult. E agora tenho a semana inteira para fechar a boca...

16.12.01

Os Liberados e a Mestra
Este blog tá de ressaca de licor de jenipapo misturado com cachaça mineira, sopa á mineira com torresmos, sopa de raiz de ervas á mineira, sopa de abobora mineira, costeletas de porco e couve á mineira, doce de mamão com abacaxi, doce de mamão puro, pé de moleque mineiro, doce de abobora, broa de milho, e não sei o quê mais de mineiro, não fosse um jantar produzido pelos "Profissionais Liberados", em homenagem à ilustre mineira (de Belzonte), nossa MESTRA ANGEL VIANNA.

Os Profissionais Liberados -- grupo de dança contemporânea criado (existiu de 89 a 94) pelos alunos do curso livre de expressão corporal da Angel e dirigido pela própria, sendo que esta escriba foi uma das "Liberadas". Desde essa época, a Mestra e os " Liberados " , vivem inventando comemorações de todos os tipos como pretexto para a gente se encontrar, confraternizar, rir muito, falar todas as bobagens que temos direito.

O jantar de ontem foi especial, porque já virou uma tradição no grupo, no mês de dezembro, a realização do encontro homenageando a Angel, e aproveitando o clima natalino para a troca de presentes. A gente capricha no presente, porque tem um sorteio na hora, tipo amigo oculto, e numa dessas pode-se tirar o nome da Angel, e não é só por isso. É muito bom trocar presentes com pessoas queridas e amigas.

O porquê do nome
O nome do grupo, PROFISSIONAIS LIBERADOS, foi escolhido pela Angel, numa lista de sugestões de nomes , os mais loucos e desvairados. Bateu direto o nome sugerido pela Julieta Calazans (atualmente é a Consultora de Pesquisa e Extensão da Faculdade Angel Vianna). Ela não era do grupo, mas participava como amiga, dos ensaios e das festas.

Da formação original do grupo, desde o primeiro espetáculo "Dançando o dia a dia", estavam presentes ontem no jantar, o Dudu ( Doutor JORGE EDUARDO FIGUEIREDO, que só conhecemos pelo apelido, é também autor teatral) e o belo CARLOS LACERDA - advogados, JULIA F. SOUZA - médica e artista plástica e uma doceira de primeira, ADELE BRANDÃO - professora de inglês, esposa do Carlinhos e dona de casa, ANGELA COUTO - professora de dança, minha colega na FUNLAR, trabalha na unidade de Campo Grande( tem ainda a grande responsa de substituir a Mestra, nas aulas de expressão corporal, quando ela viaja, MARIA DEL CARMEN THOMAS - a Carmencita, professora de espanhol, e adida não sei o quê da Embaixada da Argentina, MARA MARTINS - artista plastica, aquela que fez a vitrine lá dos mudernos, que eu já falei aqui, JÚLIO OLIVEIRA - bancário e Revelação de Pai, MANUEL AIRES - estudante de sociologia na época, atualmente mestrado em Ciencias Sociais, BETH SIMÕES - atriz e pesquisadora (ela sorteou a Angel e deu uma garrafa de cachaça mineira ), e TACIANA ROBALINHO - engenheira quìmica, atualmente trabalhando em Belo Horizonte. E mais as presenças da antropologa SOLANGE PADILHA, que integrou o grupo no segundo espetáculo (Fui sorteada por ela e ganhei um porta-velas de cerâmica pintado á mão, e assinado pela artista. Um luxo.) e a nossa querida Juju - a Julieta Calazans.

Ainda da formação original, não puderam comparecer à festa, os seguintes Liberados: JUSSARA ENGEL - psicologa e fonoaudiologa, NEY FONTES - professor de educação física, PEDRO AMÉRICO - médico psiquiatra, BETH MOSCOSO - fonoaudiologa, SIMONE GOMES- bailarina e professora da Escola, foi assistente de direção de todos os trabalhos, e o ITAERCIO ROCHA - ator/bonequeiro maranhense introdutor do "Cacuriá" no grupo, atualmente morando em Curtiba.

15.12.01

Procura-se um espirito

Gente, é sério ! O meu espirito sumiu. O talzinho que me acompanha desde antanhos, está desaparecido. De uns tempo pra cá, ele se some quando eu mais preciso dele. Cadê a minha presença de espirito, nessas horas? Saiu por aí a passear.

E eu fico ensandecida na vida, quando algum tempo depois ele volta, e sinaliza todas atitudes (em palavras ou ação) que eu deveria ter detonado na ocasião do seu sumiço, e não detonei, e marquei a maior bobeira. Ah, e chega... marquei sim, dou minhas marcadas feias, mas eu não sou uma pessoa resolvida, pronta e acabada.

Anos e anos de análise me deram uma consciência maior para não repetir os mesmos desatinos pela vida afóra, o que já é um grande ganho... voilá. Quando iniciei este post achei que tava mandando legal, mas agora eu acho que mal-e-mal tô podendo pensar o trivial como diriam os personagens do Guimarães Rosa.

Dança inclusiva

Chegando agora depois de um dia de muitas e variadas emoções. Hoje de manhã o espetáculo de final de ano com os nossos alunos de expressão corporal na FUNLAR --dança inclusiva, como é chamada a dança com portadores de dificuldades especiais, que eu vou comentar depois no blog de artes cênicas.

Bailei na curva!

E á tarde, na Faculdade e Escola Angel Vianna, formatura das alunas do Curso Técnico de Recuperação Motora--Terapia Através da Dança, com apresentação de danças sagradas, entre outras performances. Eu frequentei assìduamente as aulas de danças sagradas, o ano todo como ouvinte -- um complemento da minha formação, porque quando eu me formei não tinha esta matéria. Na segunda- feira retrasada, penúltima aula do ano, Lúcia Cordeiro, a professora titular avisou que a "Rutinha" não iria dançar porque não era f o r m a n d a ! Bailei turva na curva, e ainda estou sacudindo a poeira... voilà.

14.12.01

O PENHOR DESTA IGUALDADE, é um espetáculo absolutamente imperdível. Depois não digam que eu não avisei. Vejam os comentários lá no Suplemento de Artes Cênicas, deste blog.

13.12.01

Sabão Ruth

As pessoas estão elogiando os meus cabelos, e perguntando qual o xampú que eu estou usando. Não é nenhum xampu daqueles que a propaganda promete cabelos brilhantes e sedosos -- como estão os meus cabelos, realmente, mas é simplesmente sabão de côco Ruth (tipo artesanal, embalagem de plástico com letras verdes, e com cinco barrinhas de sabão).

Um dia eu fui lavar os cabelos, e verifiquei que o xampu tinha acabado todinho. A solução foi lavar com sabão de côco. Eu também gostei do resultado, e há quasi um mês só estou usando sabão de coco, usado na cozinha também para lavar a louça. Eu não uso detergente porque eu teria que usar luvas por causa da alergia, e como isso dá dá muito trabalho, então eu só uso sabão de côco, há vários anos.
Emoções...

Hoje, foi o último dia do ano para os atendimentos individuais na FUNLAR. Um dia dos mais difíceis. E o que mais me abalou foi a decisão a ser tomada no caso de um adolescente autista, com quem eu venho trabalhando individualmente, há vários mêses. Já pensei algumas vezes durante o ano, em jogar a toalha, e dar o caso como inelegível para o tratamento -- denominação técnica para os casos sem solução. A decisão foi adiada, porque eu cheguei a alcançar algumas conquistas, poucas, mas significativas dentro de um quadro de autismo com sérios disturbios de conduta. Mas de dois mêses para cá, ele vem regredindo no tratamento, chegando quasi à estaca zero. A minha esperança são as reuniões da próxima semana com todos os terapeutas para uma avaliação dos atendimentos.

Depois da trevosa manhã, veio a maior calibrada no meu emocional, levantando o meu astral. Ao abrir os e-mails do dia, e uma rápida visita aos vizinhos mais queridos, a bendita surprêsa, estava aqui um dos presentes mais originais que eu recebí na minha vida. A emoção começou na barra de rolagem do blog quando vi aqueles pelos amarelos surgindo, e fui logo pensando: oba! O Mosca de novo ! E era ele, o ser felino com mais cara de gente fina que eu já vi, numa bela foto com dedicatória à minha pessoa. Lindo demais! Valeu, Super Cora!

11.12.01

Solfejando de deveras...

Há nove mêses estudando música, hoje, na penúltima aula do ano, caiu a última ficha do aprendizado de solfejo. Pois é isso aí, sou defasada mesmo. O Jorge, nosso professor é fera. Músico (integrante e fundador do "Pisando em Brasa", conjunto de chorinho que eu já falei aqui) e professor da melhor qualidade. Pelo método dele, só não aprende quem for muito burro. E além disso, é daqueles professores que têm o maior prazer em dar aula. As aulas dele são muito animadas e divertidas, apesar da chatura do aprendizado téorico.

Na última aula do ano, na próxima terça-feira, o pessoal do Fundão foi convidado pelo Jorge para tocar conosco aqui na UFRJ, da Urca. Eu vou tocar também. O Jorge disse que vamos todos --alunos de violão, flauta e percussão -- tocar com eles. Tenho uma semana para estudar com afinco, e não dar bobeira no dia. Voilà.
Tô mais prá colírio, do que botar óculos escuros.
Antes que eu me esqueça, vale registrar aqui que hoje também é a data comemorativa do Dia da Declaração Universal do Direitos Humanos(1948), e do Dia Internacional dos Povos Indígenas. Quando teremos alguma coisa para comemorar nessas questões, nem os deuses sabem.

10.12.01

Dia do Palhaço, é hoje, sim senhor!

Hoje, é a data comemorativa do DIA DO PALHAÇO. Em São Paulo, no Teatro Maria Della Costa, altas festas com a presença da palhaçada (falo aqui de grupo de palhaços) toda lá de Sampa. Aqui no Rio e em outros Estados, eu não estou sabendo de nenhuma palhaçada.

Coincidência ou não, aqui na vizinhança blogueira, o Sergio Faria, do mais que famoso catarroverde, agora sempre aos domingos, já mandava ontem esta saudação no melhor estilo do picadeiro:

-- Hoje tem catarrada?
-- Tem, sim Senhor!
-- E o palhaço, o que é ?
-- Fodedor de mulher!

Responda rápido: a palhaça é mulher do palhaço? E a palhaça o que é ? Hein? Quem ? Ah, esquece. Essa não é a questão...

9.12.01

Teatro Etc. & Tal já abriu a roda para quem quiser participar. Para quem ainda não sabe é o suplemento de artes cênicas do blog aqui desta escribauta.

7.12.01

Falando em bastidores
O brilho do palco iluminado, e o espetáculo pronto para receber os aplausos, não me impressionam. O que me interessa antes de tudo, são os bastidores. Tanto na arte, como na vida. Lá nos bastidores, onde o espetáculo é preparado, longe dos holofotes e dos aplausos, é que vai rolar ou não, a essência de tudo. No que cada participante do espetáculo traz dentro de si -- as pirações todas, as perversidades disfarçadas, os truques de sobrevivencia, enfim, a essência seja ela qual for.

Estou falando disso agora, porque é muito difícil postar certos momentos da minha vida aqui. Daí eu pensei em criar Momento Bastidores e mandar ver. Seria para um momento bem pirado da minha vida, e postado aqui sem nenhuma reserva. Mas tem um porém: certos aspectos da minha vida pessoal eu não vou postar aqui, e em lugar nenhum. Enfim, as crises voltando... ainda me estranho aqui. Pensei até em fazer um blog temático, e acabar este aqui... voilà.

6.12.01

Não acredito ! Hoje, decidamente não é o meu dia... Andei mexendo nos templates, e não é que mudou novamente o layout. Essa não... vai começar toda a piração de novo
Bastidores

Tô gripada, aliás nem sei se é gripe mesmo, ou o auge da crise de rinite alérgica. Tô precisando de uma calibrada no meu emocional... não tô legal... tô mais pra berro do que pra sussurro... tô mais pra bocão do que pra beicinho...tô mais pra bandeira do que usar óculos escuros... não tô afim de postar nada mais aqui ... argh! ...

5.12.01

Bundinha na bandeja

As aulas do curso livre de expressão e conscientização corporal da Mestra Angel Vianna são muito especiais. A começar pelas pessoas que frequentam essas aulas, sempre lotadas, apesar do horário: de meio dia e meio às duas da tarde. Entre essas pessoas, são encontradas desde professores da Escola e alunos já formados que vão fazer uma reciclagem, alunos que fazem essas aulas há mais de dez, quinze ou vinte anos vinte anos, até a madame que acabou de chegar, porque ouviu falar da Angel, e vai lá fazer umas aulas de alongamento. E o mais incrível disso tudo, é que a aula acontece em em todos esses níveis. Para mim, por exemplo, além da reciclagem, é a oportunidade da pesquisa do movimento, que nas aulas dela acontece naturalmente. Mestra é Mestra.

Hoje foi uma aula daquelas antologicas, com varas de bambu massageando e tocando algumas partes do corpo. Durante a aula, ela vai inventando alguns termos para melhor entendimento, criando umas imagens completamente hilárias.

Depois de vários alongamentos e toques com o bambu na região sacro/bacia, ela mandou esta: sorria não só com a cara, sorri com a bundinha... solta a essa região aí. Em outra hora lá, sentados em cima da vara de bambu estendida no chão, veio outra: "não é para despencar, a bundinha tem que estar confortável aí, como se estivesse numa bandeja. Sente os ísquios, alonga os ísquios...coluna ereta, não levanta os ombros". E eu que levei mais de dois anos para sentir os ísquios. Antes, eu sentava em cima do trocanter, achando que estava sentada nos ísquios. No dia que a minha propriocepção funcionou, eu não me contive e fiz o maior estardalhaço. Dos muitos micos que eu já paguei lá na Angel, este ficou indelével na minha história pessoal.


2.12.01

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WHILE MY GUITAR GENTLY WEEP, disparada a melhor música do George, está em ultimo lugar na pesquisa do Globo News e ausente da pesquisa da CNN, conforme a Super Cora falou lá no InternEtc.SOMETHING, a preferida do Sinatra, está em primeiro lugar nas pesquisas. E como o Caio Cesar (Princeps Gaius) observou hoje lá no seu blog, Mr.Sinatra sempre anunciava como sendo de Lennon e MCartney. Aqui neste site, as melhores músicas e While my guitar ... é claro.