29.9.02

Haja hoje para tanto ontem

Cantar, e como queria o Paulo Leminski: ensandançar:

Sassasaricando todo mundo leva a vida no arame.
Porque sem sassaricar
esta vida é mesmo um nó, nó, nó.

O estado de bem estar está aberto para quem dele queira fazer algum dispor, falou o poeta Leminski em "Catatau".

Aproveito a deixa para dispor desse estado, e volto agora á tarde ao Arpoador para assistir o encerramento da temporada do circo do Anônimo, com o espetáculo RODA SAIA*GIRA*VIDA embalado pela musica ao vivo de Pixinguinha, Sinhô e Villa-Lobos.

Quem não foi lá ontem e não vai hoje não sabe o que está perdendo de beleza, alegria, humor, magia, e da poesia desta vida.

O circo é o patrimonio afetivo da humanidade.
Esta eu ouví do palhaço Cuti-Cuti, (Marcio Libar, um dos fundadores do Anonimo), em "O pregoeiro", ontem lá no cirquinho do Anônimo armado la no Parque Garota de Ipanema.

28.9.02

Hoje tem fuzuê no Arpoador

O sol voltou a brilhar ! Parou a chuva, e eu tô indo ver O pregoeiro às seis e meia e Tomara que não chova, às 21 hs. no cirquinho( duzentos lugares) do Anonimo armado no Parque Garota de Ipanema, comemorando os 15 anos do grupo. Não é pouca coisa. Que grupo de teatro ou o que seja já comemorou essa idade? Vale ir lá conferir e chegar uma hora antes para pegar a senha para assistir o espetáculo. Detalhes aqui no Teatro ETC. & Tal.

Tô feliz, e me achando. Depois do circo, eu vou descolar um forró ou outro agito dançante. Dançar é preciso.

Depois da tempestade, veio a sorte pura

Sábado passado chovia a cantaros na zona sul enquanto aqui na Vila Isabel tava um tempo um pouco nublado, mas não chovia. Quando passei o Tunel Rebouças, aquela chuvarada. Já que eu tava a caminho fui abraçar e me solidarizar com o pessoal do Anônimo. Dei com o portão fechado, o circo desarmado. Aquela chuva com uma ventania fortíssima me deixou sem sombrinha. Triste fiquei, mas não desanimei.

Resolvi aproveitar pra ir até a Feira de Antiguidades no Shopping Cassino Atlantico. Acabei esquecendo a chave do carro dentro do banheiro do Shopping, no segundo andar. Voltei da porta do carro no frio e chuva, naquela rua Francisco Otaviano, às escuras, às oito horas da noite. Corrí altos riscos de ser assaltada. Mas a sorte até que não foi tão madrasta assim. Quem achou a chave entregou para o segurança da Administração do Shopping.

Chaves pra que te quero?

Aliás, a história é muito louca. O administrador viu duas moças saindo do banheiro e ouviu uma delas comentando sobre a chave que tinha encontrado. Daí, ele se aproximou, e pediu que ela entregasse as chaves para ele que ela seria entregue ao dono pela administração. E a tal da moça entregou as chaves com uma certa relutancia. Só tenho elogios à atitude atenta e firme deste segurança, funcionário da administração. Mas pra quê ela queria levar a chave? Segundo o que ele me disse, poderia ser pra arrombar outros carros. Valeu, Sr. Claudio. Pessoas assim como o Senhor, honram e dignificam a sua profissão.

27.9.02

Palhaça Sassá

Eu tenho um outro nome que o meu Pai e o meu irmão mais velho me deram quando eu tinha sete anos de idade. Quando criança, eu tinha cabelos compridos -- não era promessa nem nada parecido, o meu Pai achava bonito, e assim eu usei até os 14 anos, aquelas tranças enormes -- alvo preferido das brincadeiras dos meus irmãos e das outras crianças na escola. Para me poupar, a minha Mãe inventou um penteado que enrolava e prendia com grampos as longas tranças no alto da minha cabeça. Mas essa complicada engenharia não sustentava aquela montanha de cabelo, quando eu corria ou saltava ela ia despencando e desmanchando as tranças, e o cabelo assim desmanchado ficava parecido com o penacho de um passarinho: a Sariema ( também chamado de Seriema, um passarinho lá dos pampas do Rio Grande).

O meu Pai que adorava por apelidos nas pessoas, (Ele e o Leonel de Moura Brizola, são imbatíveis nesse quesito) passou então a me chamar de Sariema. Apelido esse que o meu irmão mais velho abreviou para Sassá por pura safadeza de criança. Ele, quando queria implicar comigo, e não tendo nenhum adulto por perto, ficava me chamando de Sassá da Bosta, e saía correndo para longe de mim. O da bosta, foi acrescentado por ele, porque alguns passarinhos, inclusive a sariema, se alimentam, principalmente, do cocô de boi, de cavalo e outros animais do campo.

É claro, que eu ficava furiosa, e saía correndo atrás do meu irmão pela casa inteira, pelo quintal, pelos campos (fui criada no interiorzão do Rio Grande do Sul, em Santiago do Boqueirão) empunhando vassoura, ancinho, rebenque, espeto de churrasco, ou o que eu encontrasse pela frente pra bater nele, mas felizmente ele tinha os pés mais ligeiros do que os meus. E o nome Sassá foi pegando e ficando, e tanto que as pessoas mais ìntimas me chamavam de Sassá.

Esse nome me reporta ao tempo de uma infancia feliz lá em Santiago do Boqueirão, e que ajudou não sòmente na minha formação de adulta, mas também me descreve na minha inocência e no que há de mais puro na minha vida: Sassá da Bosta .

Desde criança eu sou palhaça, só que eu não sabia disso.

26.9.02

Sassaricos de Palhaços

Quem passou hoje pela Urca na hora do almoço, viu um bando de treze palhaços e palhaças, em pleno exercício de suas palhaçadas, saindo da Escola de Teatro da UNIRIO na Av. Pasteur, em direção à Praia Vermelha. Em frente ao bondinho invadiram ônibus e vans de turistas para mostrar as suas performances, desde dança sentada até récita de poemas, versos e versinhos de suas autorias, e até canto de aniversário em turco, cantado em côro, entre outras cantorias acompanhadas por gaitinha de boca, maraca de índio, pandeiros e similares tocados pela animada turma. E os jogadores de volei da Praia Vermelha, tiveram uma inusitada platéia palpitando no jôgo deles.

Acompanhando atentamente todos os movimentos dessa turma, a mentora desse trabalho, a Mestra Juliana Jardim, caminhava discretamente um pouco afastada. E entre os seus alunos, tenho a grande satisfação de mencionar nestes sassaricos, a Palhaça Sassá.

25.9.02

Tudo dominado. Bom, tudo bom, tudo bem.

Ninguém da comunidade do Morro dos Macacos e adjascencias, em consciência plena do seu direito de morrer de velho, não vai responder à simples pergunta do tipo como estão indo as coisas por lá, agora com outro comando e soldados outros que não os conhecidos.

Para língua de perguntador, orelha de mercador e olhos pra que não te quero, porque em boca fechada não entra formiga.

Este post é uma tentativa de imitar o estilo do Paulo Leminski em Catatau que eu ando relendo muito, ultimamente. Não gostou? Sinto, e muito. Gostaria que gostasses. Gostos, preferências, acêrtos e desacêrtos deste blog são da minha inteira irresponsabilidade.

24.9.02

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E esta chuva que não pára?
Se eu pudesse não sairia de casa em dia de chuva. Hoje levei quasi duas horas de Botafogo para a Vila Isabel. Tive que fazer um trajeto diferente do habitual para não passar na Praça da Bandeira no final da tarde. Corre-se o risco de naufragar no rio que se forma nas adjacências.
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Eu tô de mau humor, hoje. Já cometí algumas impropriedades por causa disso. Voilà.
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Tá dominado, tá tudo dominado... Ontem, custei a acreditar no que via em plena rua do meu trampo, uma cena nunca dantes siquer imaginada. Quasi oito da matina, subia lentamente em direção ao Morro dos Macacos, um Gol branco da Polícia Civil, com quatro policiais ostentando pela janela aberta, a sua farta munição.
A rua movimentadissima aquela hora com a chegada de funcionarios e usuarios da FUNLAR e os pais da comunidade que levavam os seus filhos para a creche mantida pela instituiçao.

21.9.02

Tomara que não chova

Estou torcendo pra não chover hoje á tarde e á noite. Tô indo lá para o cirquinho a céu aberto do Anônimo no Arpoador. Às seis e meia tem o palhaço Cuti-Cuti (tão fofo e engraçado como o seu nome já diz) com o Marcio Libar em O Pregoeiro. Á noite às 21 hs. Tomara que não chova, espetáculo cômico-circense com os cinco artistas do Anônimo. Ver o palhaço Seu Frô do João Carlos Artigos, fazendo um galã daquelas historinhas de circo-teatro brasileiro da primeira metade do século passado, não tem preço. É muito hilário.

20.9.02

<*> E o programa imperdível para quem quer se divertir, e ir cultivando o seu riso para espantar essa baixaria de violência desses tempos conturbados nesta nossa cidade, é só dar um pulo até o Arpoador, pegar a senha uma hora antes porque o circo só tem 200 lugares, e é tudo de graça. É a festa de celebração dos 15 anos do grupo Teatro de Anônimo. Detalhes aqui no Teatro ETC & Tal.

19.9.02

Parfois la semaine...

Na segunda, perdí o meu anel de estimação, na terça perdí as chaves da minha casa, na quarta saí com a blusa do lado avesso e só fui me tocar quando estava dando a quarta aula, e hoje de manhã cedo quando ia para a UNIRIO fui covardemente fechada por um ônibus e perseguida dentro do Tunel Rebouças, tendo vivido na real cenas parecidas com aquele filme do Spielberg, "Encurralado".

16.9.02

Divam de analista?

Eu entro numas que o blog substituiu o divam da minha analista. Não é atoa que eu lembro dela quando eu posto certas coisas aqui. Tem a ver. Antes de tudo, eu posto aqui pra mim. Gosto de reler um tempo depois o que eu escrevo e ver como eu pensava naquele momento. Isso é muito bom. Caso contrário não teria a menor graça, e seria pura perda de tempo.

Saudades da Dra. Iracema

Falando em analista, ùltimamente eu lembro dela em todos os lugares por onde eu passo e que tem cartazes de propaganda eleitoral, lendo os jornais, vendo TV. E uma emoção especial estava reservada ao passar pela TV, um dia desses, durante a propaganda eleitoral, ela estava sendo citada e comentada por sua filha, agora candidata a governadora, a Solange Amaral. Ouvir o seu nome, e ver a sua foto e comentários sobre a sua atuação politica -- ela foi militante politica das mais destacadas, participou das ligas camponêsas, foi prêsa e perseguida na revolução de 64-- me deixou muito emocionada.
Se ela ainda fosse viva, estaria me batalhando para trabalhar na campanha da sua filha. Ela tinha muito orgulho dessa filha, e que além de tudo é parecidíssima com ela, não só físicamente, mas nas posturas politicas.

12.9.02

Paulo Leminski, em Catatau

>>> Quando se come é que se vê como a natureza foi sábia em colocar o boi no prato e o homem na cadeira.

>>> Onde é que nós estamos que já não reconhecemos os desconhecidos?

>>> Teme mais o toque que o teco ?

>>> Amor com amor se paga, que sai mais barato.

10.9.02

Raymundo Faoro abre o jôgo nesta ótima matéria da Cecília Costa e do Mauro Ventura: " Acho que, se Lula for para o segundo turno com esse rapaz do Norte (Ciro Gomes), ele não terá risco nenhum, vai ganhar fácil. Se disputar com Serra, vai ser muito difícil, não pelo que ele é, mas porque atrás dele vai desabar o governo federal e todas as grandes fortunas. O poder economico aliado ao poder do Estado vai querer impingir o Presidente. Tudo vai ser possível, até fraudes eleitorais podem ocorrer".

8.9.02

GERD BORNHEIM *Caxias do Sul 19/11/1929 +Rio 04/09/2002

Tive o privilégio de ser sua aluna no Instituto de Artes da UFRGS. Ponto de referencia fortíssimo na minha vida, além da admiração e respeito, sempre tive o maior carinho pelo Professor Gerd. Dava um jeito de estar presente em qualquer evento cultural aqui no Rio que contasse com a sua participação. Antenadíssimo, ele podia ser encontrado também em estréias de grupos teatrais ou de dança completamente desconhecidos. E a sua presença sinalisava sempre a importancia do trabalho desses grupos. Ele sabia das coisas.

Da última vez que nos encontramos num debate lá no CCBB, acho que no início do ano, ele estava ótimo de ânimo e de aparência. E nesse dia, ele me convidou pelaquinta décima vez para ir almoçar com ele na sua casa, e ainda falou: agora não tem desculpa, estou morando perto da Angel, podes ir almoçar comigo depois de uma aula. É só telefonar.. Por algumas razões, inclusive a batida falta de tempo, ou melhor dizendo, por pura sabotagem interna, nunca telefonei. Não poderia imaginar que esse convite seria definitivamente as suas últimas palavras dirigidas à minha pessoa.

Fiquei muito triste e chocada com esta notícia. Isto é um desabafo emocional. Tinha prometido em não falar certos aspectos da minha vida pessoal neste blog. Prometí e não cumpri. Não estou preocupada com o que possam pensar ou deixar de pensar. Esse lance mexeu demais comigo. Já chorei o que devia e o que não devia chorar. Devia? Devo. Dívida à vida. Nesses momentos eu lembro de outros amigos que se foram desta vida, e nunca souberam o quanto significaram para mim. Quando eu vou criar a coragem suficiente para derrubar todos os muros que eu construí pela vida afora, e acabar com todos os meus velhos e ultrapassados truques de sobrevivência? Tô mais pra bandeira do que usar óculos escuros. Tô mais pra berro do que sussurro. Vou nessa.

7.9.02

O dia em que o Bob Dilan cantou no Circo Voador

Quem frequentou o Voador deve lembrar da galera que ficava lá atrás do palco, dançando adoidada ou simplesmente sentada no chão. Esse espaço era disputadíssimo porque além de ver e ser visto, dava um alto status para quem conseguia ficar ali, mesmo para nós do nucleo da casa. Eu estava lá, sempre. Inclusive naquela historica noite, quando o Chico Buarque levou o Bob Dilan pra se apresentar lá, e choveram latinhas de cerveja no palco num protesto da galera metaleira que frequentava o Circo Voador.

O som country de protesto do cantor e compositor norte-americano que faz a cabeça do Senador Suplicy, não agradou os metaleiros. Jamais esquecerei a cara de espanto daquele gringo cantando e tocando sozinho no palco, quando começaram a jogar as latas na sua direção. Tinha neguinho pendurado nas estruturas metalicas do teto do Voador, e jogando latinha lá de cima. Mas mesmo assim ele continuou cantando, impavido. ( Impavido colosso é isso? Humm...) Felizmente, por essas artes mágicas da sábia natureza, eles estavam chapados demais para acertarem no alvo.

E isto foi acontecer logo com ele, o grande astro que fizera um monte de exigências com a organização do Rock-in-Rio no quisito segurança, mas abriu a guarda no Voador. Nesse dia, juntamente com outras pessoas, eu ajudava na segurança do palco. Não seguramos nenhuma. Além da chuva de latas, na metade do show o palco foi invadido por umas pessoas estranhas ao Voador, e que não tinham nada a ver com a nossa galera. Sobrou para mim, quando eu fui barrar umas figuras que forçavam a entrada no palco. Quase apanhei. Fui salva pelo segurança de verdade que sacou o lance, e chegou junto.
Cauby e eu

A propósito do ótimo texto de Leonardo Lichote em O Globo de hoje, quando ele narra com muita propriedade o modo que o Cauby se apossa do palco a cada gesto, eu tenho uma historia com ele pelos idos de 80, no auge do Circo Voador. A Simara, uma produtora amiga nossa, era a responsável pela produção de uma única apresentação lá das duas maiores vozes do Brasil: o Cauby e a Angela, e me convidou para entrar no palco conduzindo o Cauby. Isto é, eu entraria de braços dados com ele, caminharia até a frente do palco e faria somente um gesto largo com braços, significando a entrega do idolo ao seu publico. E ela, fã da Angela faria o mesmo com a cantora. Marcaçãozinha pobre, mas de grande efeito -- para nós. Era praxe lá no Voador, sempre darmos um jeitinho de aparecer no palco ao lado dos nossos idolos. Mas nem sempre colava, e dependia muito do produtor do espetáculo ou do artista, mas como a gente era da casa sempre pintava uma chance.

Em homenagem à dupla de artistas, montei um caprichado visual anos 50 com direito a um bolerinho (casaquinho curto com mangas até os cotovelos) de pele de raposa argenté comprado no brexó. No dia do espetáculo, á tarde, fui apresentada aos dois, e ensaiei a minha entrada no palco com o Cauby. Tudo às mil. Á noite, produzidissima e me achando, chegou o grande momento, nós dois atrás da cortina, eu estava tensa pela emoção de entrar no palco com o São Cauby , e já escutava os berros das suas fãs. Nunca esquecerei o olhar estranho que ele me lançou antes de entrarmos, me olhando demoradamente da cabeça aos pés, sem dizer uma palavra. Nem parecia o mesmo cara amável e simpático do ensaio á tarde.

E quando abriu a cortina, no nosso segundo passo em direção á frente do palco, ele desvencilhou-se de mim com um simples gesto: levantou rápidamente os seus braços pelos cotovelos até a altura dos ombros, e com esse competente movimento o meu braço -- o que entrelaçava o dele, despencou lindamente ao lado do meu corpo, e eu fiquei atonita, parecendo uma anta paralisada. Depois da brusca dispensa da minha companhia, sózinho e saltitante, livre e solto, ele deu aquela famosa corridinha pelo palco, sendo ovacionado pelo seu público que lotava o Circo Voador.

E, quanto a mim, pagando um dos maiores micos da minha vida, saí ràpida da cena, sorrateiramente, ladeando o fundo do palco em direção à saída para os camarins. Saí fugida pelos fundos do Voador, sem ver o show, e sem falar com ninguém para evitar qualquer comentário a respeito. Nunca mais nos encontramos, e até hoje eu não entendo porque ele aceitou a minha participação, e depois aprontou desse jeito. Também quem mandou eu topar a ousadia de querer dividir o palco por um minuto que fosse, e logo com o Cauby Peixoto!

3.9.02

Drummond, sempre.

O alívio que eu sentí na alma ao assistir o espetáculo da Maria Pompeu E agora Drummond?, quando ela diz um texto do diario do poeta Carlos Drummond em que ele se declara completamente sem jeito para a vida social. Ele diz nesse texto que lhe faltava a presença de espirito nessas horas, e não sabia o que responder às mais simples perguntas. A resposta -- brilhante-- chegava vinte e quatro horas depois.

E para mim as respostas chegam em vinte e quatro horas ou trocentas horas depois, e não só na minha vida social, mas também na minha vida pessoal e profissional. A tal da presença de espirito não tá nem aí pra mim. Já postei aqui sobre esse assunto. Fico enlouquecida com a resposta que eu deveria ter dado, e não dei. E assim eu vou enloucrescendo. Obrigada, Poeta !

2.9.02

Ao vivo

Ontem á noite, na platéia do Teatro Sergio Porto assistindo os palhaços dos Parlapatões, com o filho, o ator Murilo Benício, protagonista de O Clone. Estava bem proximo de onde eu estava. Ele me encarou como se quisesse me reconhecer de algum lugar. Desviei o olhar. Não tive coragem de olhar para ele, mas fiquei observando disfarçadamente as suas reaçoes. Ficou o tempo todo com o filhinho ao colo e comentava com ele o espetaculo, e os dois pareciam estar se divertindo muito. Gostei de ver a cena.