18.11.03

Lua Negra

Falando no gato Mosca, aproveito a deixa para falar de uma gatinha, e um fato acontecido em agosto do ano passado, tendo como personagens principais o meu sobrinho Ernesto e a Lua Negra -- uma gatinha de rua quasi recém nascida, quando foi encontrada por ele num findi lá em Friburgo, assustada e machucada se escondendo debaixo das rodas de um caminhão. Desde então ele é o feliz funcionário da gatinha Lua Negra.

Eu tinha ido com ele e seus amigos, todos adolescentes, assistir um show no Canecão, e na volta ao deixá-lo em casa, ele não conseguiu abrir a porta, estranhamente trancada por dentro. Fato no mínimo estranho, já que não tinha ninguém em casa e seus pais estavam viajando. No dia seguinte, o chaveiro teve que abrir um buraco na porta para abrir o ferrolho. O Ernesto logo desconfiou da Lua Negra, mas ninguém acreditou nessa possibilidade.

Três ou quatro dias depois estava desfeito o mistério. A Lua Negra que é chegada a umas performances acrobáticas, saltitava alegre e feliz pela casa toda, e de repente, num salto preciso no corredor, está diante da porta de entrada com a patinha levantada certeiramente para alcançar nem preciso dizer o quê. Até hoje o ferrolho é envolto em fita isolante bem grossa para não girar nessas divertidas performances da safadinha.

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